Minas tem 199 casos confirmados de gripe suína
A Secretaria de Estado da Saúde informou nesta quinta-feira que Minas Gerais tem confirmados 199 casos de gripe suína (Influenza A) e 606 suspeitos. Outros 324 casos foram descartados.
Nesta quinta-feira, exames da Fundação Oswaldo Cruz descartaram que a morte de um homem de 24 anos, em Montes Claros, no Norte de Minas, tenha sido causada pelo vírus H1N1. Outras 17 mortes continuam sendo investigadas.
Até o momento, está confirmado que quatro pessoas morreram em decorrência da doença. Nessa quarta-feira, exames laboratoriais comprovaram que um homem de 34 anos morreu, em 2 de agosto, por causa da doença, no município de Ituiutaba, no Triângulo Mineiro.
A Secretaria de Estado de Saúde comprou 30 ventiladores para serem distribuídos nas unidades de saúde do estado e tenta alugar mais 20 respiradores e 20 monitores. Segundo o governo estadual, há falta dos aparelhos no mercado internacional, em função do aumento da demanda.
O Comitê Estadual de Enfrentamento da Influenza A (H1N1) recomenda a suspensão de eventos com grandes aglomerações de pessoas. Caso não seja possível evita-los, recomenda-se a adoção de medidas de prevenção, como disponibilização de álcool gel, avisos sonoros, distribuição de folhetos, entre outros.
No Sul de Minas
Foi identificada mais uma vítima da gripe suina no Sul de Minas Gerais. Uma mulher que está internada em Alfenas teve o diagnóstico confirmado. Com este, já são dez casos na região, com um óbito (ocorrido em Pouso Alegre). Em todo o Estado, 17 mortes estão sob investigação, com suspeita de terem sido causadas pela gripe A. Até o momento, quatro pessoas que entraram em óbito tiveram resultado positivo nos exames que detectam a doença.
Tamiflu deve ser monitorado em crianças e gestantes*
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) alertou na quarta-feira para o fato de que bebês com menos de 1 ano e grávidas que receberam o remédio contra a gripe suína (fosfato de oseltamivir ou Tamiflu) devem ser acompanhados cuidadosamente por seus médicos nas primeiras 48 horas após a primeira dose e também depois para a avaliação de possíveis efeitos adversos. No caso das crianças, a avaliação deve se repetir em 30 dias após o primeiro uso do tratamento. Para as gestantes, em até 30 dias após o parto, também para a verificação de eventuais prejuízos aos recém-nascidos.
“Os profissionais devem prorrogar sua preocupação após receitar o remédio”, afirmou Dirceu Barbano, um dos diretores da agência. Segundo enfatizou, o alerta é necessário porque não há larga experiência de uso da droga nessas populações e não se conhece seus efeitos. Além disso, por questões éticas, não são realizados estudos com bebês e gestantes. A droga vinha sendo utilizado principalmente contra a gripe sazonal, que afeta mais idosos.
A agência recomenda que todos os profissionais de saúde informem o órgão sobre eventos adversos. Já estuda, porém, inclusive entrevistas diretas com pacientes que receberam o medicamento para buscar eventuais problemas. No Brasil, pelo menos 107 gestantes tiveram a doença e se recuperaram, mas não há ainda dados sobre quantas receberam a droga.
Em julho a agência já havia feito outro alerta, para o risco de utilização de medicamentos contendo ácido acetilsalicílico, como a Aspirina, em crianças com sintomas associados às infecções virais como as gripes. O cuidado se deve ao risco que crianças e adolescentes têm de desenvolver a Síndrome de Reye, que gera vômito, letargia, agressividade e convulsões.
*As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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