Na reunião, os donos de facções disseram que o argumento utilizado pela empresa que se instalou na cidade (com a Prefeitura pagando o aluguel) não tem grife própria, e que, ao contrário do que o prefeito Beto Gouvêa acreditava, ela estaria, sim, concorrendo diretamente com as firmas da cidade. Promessas feitas a empregados, como salários maiores e cesta básica, estaria fazendo com que profissionais qualificados também deixassem as fábricas em que estão para trabalhar na nova confecção.
Os empresários afirmam que não querem que a parceria acabe, mas, sim, que a Prefeitura promova oportunidades iguais para todas as empresas. "Do jeito que está sendo esta parceria, é concorrência desleal, sim, pois a nova fábrica pode oferecer coisas que nós não podemos", disse uma dona de facção.
O prefeito, por sua vez, disse que as informações que tinha não eram as repassadas pelos reclamantes, e admitiu que talvez tivesse se equivocado quanto ao entendimento do que havia sido proposto. "Dentre as contrapartidas que a empresa terá que dar, por conta do aluguel, está a contratação somente de pessoas da cidade, e ampliar a parceria para as facções quando a demanda for maior, mas até então eu acreditava que a grife pertencia ao dono da confecção".
Ele chegou a perguntar se os participantes queriam que o contrato fosse revogado, mas ninguém concordou. "O que queremos é que nossas empresas tenham as mesmas condições de concorrência, porque esta firma vai trabalhar firme até dezembro, e depois vai diminuir a produção como qualquer outra. O problema é que este período, de agosto a dezembro, é o que conta com a maior produção, e para ele é pura vantagem trabalhar assim, enquanto nós temos que arcar com despesas que a concorrência não tem ", afirmou um dos proprietários.
Após uma hora e meia de discussões, ficaram acordadas algumas ações:
• O prefeito estudará a possibilidade de isentar os empresários do pagamento de alvarás
• Haverá um levantamento da capacidade, número de empregados e principais necessidades das facções, para estudos da Câmara e da Prefeitura para projetos de captação de recursos.
• Uma comissão de donos de facções foi formada para futuras negociações.
• Haverá um estudo para a possibilidade de diminuição de gastos com contadoria para as empresas.
• As facções formarão uma Associação, com assessoria jurídica da Prefeitura.
• Prefeito analisará possibilidade quanto a auxilio no pagamento de contas como água e luz, mesmo que para 2010.
Outros temas voltarão a ser tratados em novas reuniões.
Mais detalhes, na próxima edição do JPF.
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