A Câmara de Poço Fundo deve votar, em sua próxima reunião ordinária, um projeto de Lei que visa acabar com as sacolas plásticas nos mais diversos estabelecimentos do município. O Projeto, de autoria do vereador Wladimir Corrêa (na foto, ao centro), proíbe a utilização de embalagens e sacolas plásticas nos estabelecimentos comerciais, industriais e nos prestadores de serviço, e permite apenas o uso de sacolas biodegradáveis, oxibiodegradáveis e retornáveis.
Pela proposta, a inobservância da lei acarretará punições aos infratores, que vão desde uma simples notificação até a interdição do estabelecimento.
Adesão
Caso a lei contra as sacolas plásticas seja aprovada, Poço Fundo passará a integrar um grande grupo de cidades, estados e países que já aderiram à novidade. Aqui no Sul de Minas, Pouso Alegre é a principal representante desta prática, graças a um projeto do vereador Raphael Prado (DEM) aprovado em 2008. Belo Horizonte é uma das capitais do país já com a lei em vigor.
O Estado do Rio de Janeiro ja definiu que quer acabar com as sacolas até 2012, assim como o Espirito Santo, Maranhão, Pernambuco e Paraná. Em Curitiba, até o lixo recolhido na cidade é acondicionado em sacos oxidegradáveis.
Paises como a China, Taiwan e India, dentre outros, baniram o uso do produto. Já na Alemanha, África do Sul e Irlanda há um preço para o uso das embalagens, e isso diminuiu consideravelmente a preferência do consumidor por esta prática.
Sacolas permitidas
Oxibiodegradável (ou oxidegradável) - O plástico oxibiodegradável nada mais é o plástico convencional acrescido de um aditivo que acelera a sua degradação no ambiente (por oxidação, como ferro, a palha de aço...). O aditivo é o d2w®, vendido apenas por uma empresa no pais, a RES Brasil, representante da inglesa Symphony, detentora da patente.
O d2w® e o internacionalmente conhecido logótipo da gota são marcas registradas utilizadas para identificar uma variedade de produtos plásticos semi-rígidos e flexíveis totalmente degradáveis, bem como uma variedade de aditivos únicos. Quando incluídos no processo de fabrico normal, eles causam a decomposição do plástico, de forma total e segura, em água, dióxido de carbono e uma pequena quantidade de bio massa.
O tempo de decomposição varia de seis a 18 meses (o plástico comum leva de 100 a 400 anos).
O processo ainda gera uma certa polêmica, porque para alguns pesquisadores o material na verdade apenas se divide em pequenas particulas, que por sua vez permanecem ativas e podem poluir tanto quanto as sacolas comuns.
Apesar da empresa Symphony afirmar que o custo para a inclusão do aditivo na fabricação das sacolas seja muito pequeno, o preço final do produto, pelo menos em Minas Gerais, tem sido salgado: cerca de 75% maior que o das sacolas convencionais.
Biodegradável (bioplástico) - Considerados como os plásticos realmente biodegradáveis, os bioplásticos são feitos a partir de mandioca, cana-de-açúcar, milho, batata ou outros produtos de origem agroindustrial, e podem substituir as embalagens à base de petróleo nos próximos 20 anos. A produção desses materiais também deve fortalecer a atividade de agricultores do País com a criação de mais um nicho de mercado. Serve não só para sacolas, para cartões, tampas de garrafas, caixas e vários outros produtos.
A substituição do plástico sintético por biodegradáveis é lucrativa também para o meio ambiente. Para cada quilo de plástico produzido com petróleo, há a emissão de dois a quatro quilos de carbono. Ao contrário, na produção de bioplástico, cada quilo do produto seqüestra de quatro a seis quilos de carbono da atmosfera.
Enquanto o plástico sintético demora de 200 a 400 anos para se degradar, os materiais e embalagens biodegradáveis e compostáveis se decompõem em até 18 semanas. Os biodegradáveis também se transformam em adubo juntamente com o lixo orgânico.
No Brasil há cinco empresas que já fabricam este material, mas a tendência é que haja um aumento efetivo da oferta nos próximos anos.
A questão, mais uma vez, está ainda no preço. Uma sacola biodegradável pode custar até três vezes mais que uma sacola comum.
Sacola reutilizável - Esta é a velha e conhecida "sacola de feira", ainda muito utilizada por pessoas que buscam produtos para alimentação diária em um ponto específico (feira, padaria, a popular "vendinha"...). O consumidor leva a sua compra na sacola e a leva de volta ao estabelecimento sempre que precisa adquirir novos produtos.
Em tempo: Veja ou baixe uma apresentação em Power Point sobre a Campanha "Saco é um Saco" do Ministério do Meio Ambiente, no endereço: www.visionfals.com/sacolas.pps
Sugestões
Os comerciantes ouvidos pelo JPF são, em sua maioria, favoráveis à nova lei, bem como o Prefeito Beto Gouvêa. No entanto, todos fizeram questão de dar algumas sugestões no sentido de se promover a viabilidade do projeto.
- Mais tempo para implantação. Comerciantes acreditam que apenas 8 meses é muito pouco para adequação, levando-se em conta a cultura de consumo da população.
- Campanha pesada e contínua de conscientização do povo quanto à necessidade de se evitar as sacolas plásticas e passar a utilizar as biodegradáveis ou reutilizáveis.
- Aulas sobre o assunto nas escolas públicas.
- Apoio à formação de associações (ou de uma única associação) de comerciantes, para a compra em grupo das sacolas oxidegradáveis ou biodegradáveis. Quanto maior o número de participantes, menor o custo. As associações podem também produzir as suas próprias sacolas reutilizáveis, para revenda a preços simbólicos aos consumidores.
- Projeto de manejo efetivo e correto das sacolas oxidegradáveis, com aterro imediato das que forem descartadas. Assim, evita-se que os resíduos se espalhem pelo ambiente e gerem polêmicas sobre a poluição do ar ou de plantações.
- Campanhas para produção, venda ou doação de sacolas reutilizáveis, com apoio de entidades filantrópricas e escolas. Na mesma campanha, promove-se o incentivo ao uso das mesmas.
(Mais detalhes estão na edição 268 do Jornal de Poço Fundo)
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terça-feira, 6 de abril de 2010
CÂMARA PROPÕE FIM DAS SACOLAS PLÁSTICAS
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Eu sou favorável. O problema é conscientizar a população quanto a necessidade de se defender o meio ambiente. Todo mundo só quer mordomia, e as sacolas não custam nada.
ResponderExcluirVai dar polêmica...
ResponderExcluirEu concordo e já venho colocando em prática esta idéia há algum tempo, ainda temos um restante de sacolas convencionais, mas as que adquirimos ultimamente já são oxi-biodegradáveis.
ResponderExcluirAcrescento uma informação que pode ser útil nas negociações: O preço costuma ser em média 15% mais caro...
Eu concordo e dou o maior apoio, até que em fim pelo que acompanho, temos vereador que trabalha pelo povo, fiscaliza, apresenta projetos úteis a população e acima de tudo é democrático. Lamentável é que temos uns.......
ResponderExcluirConcordo e essa prática é adotada em todo mundo. Estou na Holanda visitando minha filha e fiquei impressionada com a consciência do povo holandês. Você tem que levar sua sacola para fazer compras. Caso você não leve a sacola você precisa comprar uma , que no caso é feita de material biodegradável. Lembro da então "venda do Zito Olinto", meu avô, na época que os clientes levavam seus ëmbornais"ou sacos alvejados para levar as compras. Depende de nós a qaulidade de vida que vamos deixar para nossos filhos ... Maysa
ResponderExcluirExcelênte projeto, essas sacolas plásticas só servem pra poluir o meio ambiente, se nada for feito daqui algum tempo o planeta terra vai ter que mudar de nome e passar a se chamar planeta plástico, ou planeta lixo, isso se ainda tiver planeta néh, pq se a degradação do meio ambiente continuar da maneira q está nem planeta iremos ter...são de iniciativas e projetos como esse que precisamos para tentar melhorar, ou diminuir o rítimo de poluição. Parabéns ao Vereadro pelo projeto!!
ResponderExcluirChique no úrtimo, como diriam meus amigos aí do Poço Fundo. A única questão é o custo. Uma pergunta ao amigo Rovilson: As sacolas com 15% acima do preço da comum, será que poderia indicar a empresa para os comerciante? Pelo que tenho ouvido por ai nos comércios, inclusive no jornal e aqui neste blog, fica quase 80% mais caras.
ResponderExcluirParabéns ao autor deste blog e também ao Jornal de Poço Fundo. Li as duas matérias e elas se completam, com informações pertinentes ao caso.
ResponderExcluirFinalmente uma idéia inteligente vinda dos politicos. Só espero que não fique no papel, como tantas outras promessas
ResponderExcluirParabéns ao vereador por se insurgir contra a máfia do plástico e ter a coragem de abordar este problema gravíssimo, que é a plastificação planetária e o melhor de tudo, honrar seu cargo de defender a população ao criar uma lei que resolve o problema da sacola plástica de uso único.
ResponderExcluirMais do que nunca, precisamos realizar ações concretas para evitarmos que nosso planeta, num futuro não muito distante, venha sofrer sérias conseqüências, decorrentes do nosso próprio comportamento, quanto aos cuidados com o meio ambiente. Parabéns ao vereador pela iniciativa.. Precisamos de líderes assim, preocupados com o bem estar da população.
ResponderExcluirÉ... tá todo mundo comemorando. Quero ver quando chegar a conta, que vai direto no nosso bolso, do consumdiro;
ResponderExcluirMas tem gente ignorante por aí néh...essa lei só pode beneficiar o consumidor, q além de consumidor é habitante desse planeta que tá sendo invadido pelo lixo, pela poluíção enfim, pela degradação do meio ambiente...e vem um babaca se preocupar com o bolso do consumidor. Se nenhuma providência for tomada, daqui a mto pouco tempo não haverá nem consumidor mais...
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