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MACHADO: FAMILIARES E AMIGOS PROMOVEM PROTESTO APÓS MORTE DE GARÇONETE
Familiares e amigos da garçonete Ednalva Oliveira, que morreu no Pronto Socorro de Machado na última segunda-feira (18), organizaram uma manifestação contra o que chamam de descaso das autoridades com relação à Saúde Pública. Com o tema "saúde zero", faixas, cartazes e palavras de ordem, a caminhada teve início na praça Antônio Carlos, e de lá seguiu para a frente da sede da Prefeitura.
Os irmãos da garçonete iam à frente, e um deles, Edmilson Oliveira, assumiu a posição de líder, definindo o ritmo das ações e relembrando aos presentes o porque da movimentação. "A minha irmã morreu por falta de médicos, por falta de competência, e por culpa destes políticos que só pensam neles e esquecem da gente. Nós estamos morrendo à míngua", dizia.
O grupo fez um protesto pacífico, mas mesmo assim foram registrados alguns momentos de tensão. Os participantes paravam várias vezes e interrompiam o trânsito de veículos, que formavam filas enormes. A caminhada só prosseguia após intervenções da Policia Militar, que acompanhou todo o ato de perto.
Dos vereadores da cidade, apenas Alvina Ferreira (PSD) acompanhou parte do cortejo. Alguns participantes chegaram a hostilizá-la, mas os ânimos foram serenados e ela conversou com os coordenadores do grupo, afirmando que não só a Prefeitura, mas o Governo do Estado também era o responsável pela situação atual da Saúde em Machado.
Os manifestantes queriam terminar o protesto diante do Pronto Atendimento, mas foram impedidos pela Policia Militar, já que poderiam atrapalhar os trabalhos no local. O portão da sede da Prefeitura então foi o local do encerramento do ato, mas não sem antes serem proferidos gritos de "incompetentes" e "açougueiros" para os médicos que atendiam na Santa Casa.
Relembrando: Ednalva Oliveira (24 anos) morreu no Pronto Socorro de Machado na última segunda-feira (18), vitima, segundo os médicos, de um quadro de leucemia grave não diagnosticado anteriormente. Para a família, houve negligência, pois a jovem foi atendida várias vezes desde a última sexta-feira (15), e só recebia analgésicos, mesmo apresentando manchas pelo corpo e implorando por uma internação. O caso foi registrado em Boletim de Ocorrência e um inquérito foi aberto pelo delegado Cleovaldo Pereira, para apurar responsabilidades.
Detalhes em nossas próximas publicações do grupo JPF.
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Manifestantes sentaram-se no meio da via por várias vezes, para parar o fluxo de veículos e chamar a atenção da população. "A saúde está parada, então vamos parar o trânsito também para lembrar isso", dizia o irmão de Ednalva |
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Cartaz com foto da jovem garçonete ia à frente do protesto |
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Num dos pontos de visualização da Santa Casa, o protesto contra os médicos se intensificaram |
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Caminhada começou com uma volta pelo entorno da Praça Antônio Carlos |
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Viaturas e homens da PM acompanharam o ato, para garantir a segurança dos manifestantes e dos motoristas |
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Teve gente que botou um nariz de palhaço para reforçar sua indignação |
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Vereadora Alvina conversou com as lideranças |
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Em vários momentos, a Policia Militar teve que intervir, solicitando aos coordenadores que mantivessem a ordem e não interferissem no bom andamento do trânsito |
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No encarramento do ato, cartazes e faixas foram fixados diante do Centro Administrativo |
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