Confiante na absolvição, Naro conversava com policiais militares e agentes de segurança na porta do fórum, pouco antes do julgamento. "Sou trabalhador, nunca fiz nada de errado, e acredito que vai dar tudo certo", dizia.
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O empresário do ramo de aguardente Naro Francisco da Costa se livrou da acusação de homicidio doloso duplamente qualificado, no Tribunal de Júri mais movimentado dos últimos anos em Poço Fundo. Seu sobrinho, Agnaldo da Costa, também foi beneficiado pela decisão dos jurados. O julgamento aconteceu na sexta-feira, e durou mais de 12 horas. Após discussões acaloradas entre a defesa e a acusação, apresentação de laudos e uma tensão nunca antes vista no Fórum da cidade, os jurados, que se reuniram por volta das 22h00 para a votação, reconheceram que Naro e Agnaldo mataram Vicente, mas absolveram o dois. Naro foi considerado culpado, mas por lesão corporal contra Ismair, a esposa do morto. Agnaldo foi absolvido também desta acusação.
Isso, na prática, inocentou os dois do crime que lhes era imputado. Naro chegou a ser condenado a três meses de prisão, mas como o crime pelo qual foi condenado depende de representação e, ainda por cima, já tinham passado mais de dois anos desde que ele foi cometido, a pena foi imediatamente extinta. Ou seja, ambos os acusados sairam, livres, pela porta da frente do fórum.
O resultado foi recebido pelo público que acompanhou o julgamento (lotando o salão do Tribunal do Júri de maneira nunca antes vista), bem como pela população em geral, com uma certa indiferença. Muitos afirmavam já esperar que Naro e seu sobrinho fossem liberados, mas ninguém se arriscava a dizer a razão.
Isso, na prática, inocentou os dois do crime que lhes era imputado. Naro chegou a ser condenado a três meses de prisão, mas como o crime pelo qual foi condenado depende de representação e, ainda por cima, já tinham passado mais de dois anos desde que ele foi cometido, a pena foi imediatamente extinta. Ou seja, ambos os acusados sairam, livres, pela porta da frente do fórum.
O resultado foi recebido pelo público que acompanhou o julgamento (lotando o salão do Tribunal do Júri de maneira nunca antes vista), bem como pela população em geral, com uma certa indiferença. Muitos afirmavam já esperar que Naro e seu sobrinho fossem liberados, mas ninguém se arriscava a dizer a razão.
A familia de Ismair da Costa Souza, irmã de Naro, esposa de Vicente de Souza (a vítima) e principal acusadora dos réus, ficou revoltada com o veredicto. O Ministério Púbico deve entrar com recurso para anular o julgamento, sob argumento de que o resultado contraria a prova dos autos.
Nenhum dos jurados contactados pelo JPF, até o momento, quis comentar o resultado. Como a contagem dos votos, segundo critério do Juiz Valter Vieira, pára quando os quesitos principais alcançam 4 votos, não é possível saber se a decisão foi unânime ou se houve discordância entre os votantes.
Naro e Agnaldo eram acusados de serem os responsáveis pela morte de Vicente, no dia 14 de março de 2001, com golpes de enxadete e de pau, durante uma briga. A vítima teria sido atingida enquanto estava no chão. Os dois, no entanto, acusam a esposa da vítima e irmã de Naro, Ismair, de ter acertado o marido com uma paulada ao tentar atingir o sobrinho (Agnaldo).
O JPF acompanha este caso de perto, e passará uma matéria completa sobre o assunto em sua próxima edição.
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